A+
A-
Altera o tamanho da letra
Acaba de ser lançado, pela editota Metalivros, o livro Jaguar: o Rei das Américas, do ecólogo Evaristo Eduardo de Miranda e da jornalista Liana John. Foram dois anos de pesquisas sobre o animal para descobrir as diferenças entre as espécies. Este é o livro mais abrangente sobre o tema já lançado no Brasil.
O jaguar, conhecido também como onça-pintada, é o maior predador das Américas, não existindo, portanto, outro animal acima dele na cadeia alimentar. Este felino habita praticamente todo o continente americano, desde o norte da Argentina, até o sul dos Estados Unidos. Pesquisadores estimam que metade das onças-pintadas esteja no Brasil, em ambientes como a Amazônia, Pantanal e a caatinga.
A onça-pintada já foi o animal mais idolatrado pelas civilização Asteca. No Peru, os mochicas ofereciam sacrifícios humanos a Ai Apaec, o deus-jaguar. Já no Brasil, os tupinambás utilizavam as garras de onça ao lado dos meninos recém-nascidos para que ao se tornarem adultos, se destacassem como guerreiros fortes.
O corpo do animal foi moldado para caçadas, pois as penas são curtas e musculosas, o que confere agilidade para correr atrás de sua presa e saltar. Com sua pelagem dourada e negra, ela tenta se camuflar na natureza, em busca de um ponto seguro para atacar sua presa. Nada tão bem quanto o tigre, e é capaz de matar um boto ou um pirarucu dentro do rio e arrastá-lo até sua margem para devorá-lo. Outra característica é que a caçada da onça-pintada é sempre solitária, nunca em grupo.
Ameaça de extinção - O felino já desapareceu de metade da área que ocupava no início do século passado. No Brasil, em algumas regiões, a situação é alarmante. Na caatinga, o Instituto Onça-Pintada estima que existam hoje apenas 327 onças. Na Amazônia, o número aumenta para quase 52.000.
Embora seja crime matar um animal silvestre, muitos fazendeiros contratam caçadores clandestinos para eliminar as onças-pintadas que atacam suas vacas, cabras, porcos e cavalos.
Preservação - Foi implantado no Pantanal, um modelo de preservação em fazendas pelos Institutos onça-Pintada e Conservação Internacional, entre os anos de 2002 e 2004. Por este sistema, cada vez que uma vaca era morta por uma onça-pintada, o fazendeiro recebia uma indenização equivalente a U$$200. Os técnicos íam ao local para comprovar se de fato o ataque havia sido feito pelo animal. Este modelo havia sido inspirado em outros de sucesso como o urso e o coiote (nos EUA) e como o tigre (na Índia). Entretanto, o governo brasileiro, por ora, descarta esse tipo de política de indenização. Alegam que faltam dinheiro e funcionários para implantar o programa.
A reprodução integral ou parcial de textos e fotos deste portal somente é permitida com créditos para o autor e link para a página de onde foi transcrito. É expressamente proibida a reprodução total ou parcial das fotos das galerias sem a autorização prévia dos fotógrafos, os quais estão devidamente creditados nos nomes das galerias. Caso você seja autor de alguma imagem ou texto publicados neste site e deseja remoção ou correção, clique aqui para preencher o formulário de solicitação.